CONSTRUÇÃO DE CASINHA NO CEI IVETE S. SCHMITT E
PRÉ-ESCOLAR GOTINHA SAPECA: BRINCAR DE CASINHA É REINVENTAR A VIDA
A casinha é uma das
atividades presentes no PCE da instituição. O piso de cimento foi feito pelos
membros da APP em mutirões no final de semana. A parte de madeira e o telhado
foram adquiridos com as contribuições espontâneas realizadas pelas famílias. Os
utensílios que estão dentro da casinha foram doados por familiares das crianças
da turma do Jardim A e B e os móveis foram construídos com a participação de
familiares das crianças.
A mesma ficou pronta
no mês de setembro e as crianças de todas as turmas já estão usando este espaço
para brincar e explorar sua criatividade. Acontecerá no mês de outubro a
inauguração da casinha e amostra de atividades referente ao Projeto Criativo
Ecoformador (PCE).
Abaixo segue
reflexões sobre a importância de brincar de casinha. São recortes do texto de
Camilla Hoshino (2018):
“Lençóis viram
paredes, folhas de bananeira protegem da chuva e qualquer punhado de terra pode
se transformar em alimento. Tudo é possível quando se trata da imaginação das
crianças. Nessa paisagem encantadora da infância, o cheiro da comida
recém-cozida pode ser sentido por todo o ambiente. Todos ficam em movimento e
experimentam papéis, pois os sentidos dados às ações são inesgotáveis. Dos
tijolos que constroem a fantasia, nos mínimos detalhes, surgem casas inteiras,
prontas para receber qualquer visita. Entrem sem pedir licença e fiquem à
vontade. Brincar de casinha é um convite universal. [...]
Brincar é muito mais
do que uma forma de passar o tempo, mas um verbo que faz parte da gramática
cultural da infância. Revela-se como um meio de expressão, uma ponte para o
diálogo com outras pessoas, uma possibilidade de se conhecer, se desenvolver e
dar asas à imaginação. [...]
Do vocabulário que
nasce nos mais diversos tipos de interações do brincar, um substantivo se
destaca: a casa. Ou melhor, casinha, uma brincadeira bastante popular e
tradicional, de norte a sul do país, entre moradores do campo e da cidade, de
várias origens culturais. Como explica Franzim, o simbolismo da casa está
atrelado às tarefas de edificar, de construir, de se abrigar e habitar. [...]
O ser humano é
humano na medida em que ele cria de dentro para fora: cria pensamentos,
sentimentos, ações. E o início dessas criações é o brincar. Impedir ou reduzir
o brincar livre e espontâneo significa reduzir o potencial de cada ser de se
tornar cada vez mais humano. Além disso, o brincar mistura idades, sexos,
povos, culturas — assim, ele se torna contemporâneo. Por isso, o brincar
criativo faz parte dos direitos humanos universais.”